quinta-feira, 22 de abril de 2010

Nothing but monkeys

Ok, vamos à grande proposta deste blog: ser altamente polêmico, contraditório, útil (algumas vezes) e questionador.

Estava eu, nesta terça-feira, circulando durante um tempo pelas dependências da faculdade. Fiquei um bom tempo parado, no andar de cima, observando o "conteúdo" humano (ou a falta dele [pelo menos o conteúdo moral e intelectual, já que tinha bastante gente lá]) que "desfilava" pela quadra, pisoteando a imagem tosca de um jacaré.

Esta foi a cena necessária para me despertar uma vontade absurda de começar a escrever este post, que acabou vindo com atraso apesar disso. Além dessa vontade, me lembrei imediatamente deste vídeo

Sim, macacos. "Nothing but monkeys". Não sei porque às vezes tenho exatamente essa visão sobre os seres humanos. E eu sei que me incluo em toda essa espécie prepotente, que se acha dona da verdade absoluta, intolerante, belicosa, inconstante, desonesta, etc.
Tendendo mais para o lado da comunicação, parei e pensei: somos exatamente macacos na área de publicidade, fazendo coisas para outros macacos - e acho até ofensivo, para os macacos, nos compararmos a eles desta forma, que pode parecer que estou subjulgando um animal tão habilidoso desprovido da malícia humana. Sim, coisas para outros macacos: nós, publicitários, temos discernimento, conhecimento e articulação necessários para a massificação e manipulação de mentes e comportamentos. Os outros (nós também, pois, além de emissores, também somos receptores), são os macacos adestrados, ensinados, domados, conduzidos. Uns: "VAMOS TODOS PARA O ABISMO PORQUE É COOL!", os outros "VAMOOOOSSS, AEEEE!!!".

Assim como qualquer assunto polêmico que passa pela minha cabeça, este é um que me faria escrever um livro inteiro de argumentos. Mas, minha finalidade com isto é chegar a uma humilde conclusão: já que as coisas funcionam assim, por que ninguém ainda utilizou esse poder todo da comunicação para manipular favoravelmente para esses macacos conduzidos se libertarem? Ok, já existe muita iniciativa deste jeito, mas nada ainda realmente radical, relevante, extremada e eficaz. Temos macacos, como eu e os colaboradores deste blog, que pensam assim e tentam, sempre que acham uma brecha, pensar numa saída para isto. Entretanto, ninguém ainda teve colhões para isto. Como disse outro dia para mim, o #PensarParado, "sua proposta é manipular as pessoas para fazê-las pensar!" e eu respondi que era EXATAMENTE isso. Eu sei que ainda é um projeto empírico e primário ainda, mas é um projeto. Sendo um projeto, precisa de outros macacos, além deste que vos escreve. Quem sabe esta seja uma primeira semente então?
Não quero ser o rebelde sem causa dos anos 60, mas podemos (sim, no coletivo) ser os rebeldes COM causa da geração 2.0... Quem sabe.
Enfim, não sei o que cada um concluiu deste post. Se me xingarem ou criticarem, eu juro que vou dispensar, neste caso. Se gostaram, postem. Se neutro, bjomeligaabraçometelefona.


#PiadistaDaJureia

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