domingo, 16 de maio de 2010

MULHERES E HOMENS A PERIGO!

Ontem foi meu aniversário, me telefonou muitas pessoas, de diferentes idades, profissões, cidades...
E sabe o que mais escutei nesses dois dias? O quando as pessoas estão loucas, o quanto o mundo está superficial, as relações humanas distantes, ouvi histórias de fim de relacionamentos de três semanas, de fim de relacionamentos de um dia, de fim de relacionamentos de 30 anos, sobre as mais diversas discórdias familiares, sobre mulheres que estão insistentemente em busca de um relacionamento sério, fixo, com sexo no primeiro ou segundo encontro, sobre homens a perigo que não conseguem um bom sexo casual.
Em geral reclamações sobre a vida amorosa, sexual, familiar, do trabalho, vida financeira; eu estava ótimo, até sexta-feira, meus medicamentos psiquiátricos que todos falam para eu ter cautela, sair desta vida... Deram-me um “up” e tanto. Meu rendimento nos estudos melhorou, os trabalhos que estou fazendo, solamente, depois que pedi demissão da empresa estão indo muitíssimo bem. Não tinha do que reclamar. Claro que tenho perturbações, nestes casos ligo para o analista ou para uma pessoa bem íntima, tipo meu pai e desabafo. No caso do analista o remunero por isso.
reflexão : Tenho o direito de não querer me preocupar com a porra das relações humanas, assim como tenho o direito de não querer assistir tal filme de renomado cineasta cult alemão, tenho o direito de não ter lido Machado de Assis, tanto quanto não quero ler o Crepúsculo; por fim, não quero fazer o papel de psicólogo para homens e mulheres “á perigo”.
Tenho muita gratidão por cada amigo que tenho, não sou estúpido a ponto de achar que sou auto-sustentável... (Alias que assunto porre a tal da sustentabilidade)...
Pessoas; onde quero chegar com relatos tão pessoais, que foge totalmente a proposta deste blog, é que: o humor está altamente relacionado com as pessoas que estão ao seu redor; até que ponto o amigo de anos, que te liga muito esporadicamente, é amigo, quando te liga no dia do seu aniversário, para dar uma noticia ruim?
O fato que as relações humanas não estão ruins, e sim o bom senso de cada ser individual; sou adepto de manter tudo na superficialidade, porque, no momento que se aprofunda, começam os problemas, as agressões, coloca-se em prática aquela velha fórmula brasileira de juntar a farinha todo no mesmo saco.
Gente; vamos melhorar nosso bom senso, se tivermos infectado com os males da caixa de pandora, vamos procurar não transmitir para os amigos. Pergunte para seu amigo, se ele pode te escutar, se ele está em condições para um desabafo, não vomite tudo como se todos os problemas do mundo estivessem apenas em cima de você, fica a dica!
Quanto ao sexo. Obrigado, hoje não, minha libido está baixa.


Bravo do Novo Mundo

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A arte da argumentação

Este post não se trata de uma pretensão a aula ou uma imposição de uma verdade absoluta. Mesmo porque, sou apenas um estudante ainda, que gosta de questionar tudo sempre que pode. Este post se trata apenas de um ponto de vista sobre a grande arte humana: a da argumentação.

Aliás, para falar de argumentação, já se deve pressupor o descarte completo de preconceitos e algumas rupturas de paradigmas. A argumentação depende de uma lógica. É uma questão de exercer tudo que possuímos e que nos permite a denominação de seres racionais.

O grande problema é a aplicação dela pela maioria das pessoas, sem deixar a emoção ou o ego se sobreporem a ela. Afinal, argumentação depende da racionalidade aplicada sobre a emoção para a validação da mesma. Isto quer dizer que: não basta chamar o fulano de filho da puta; deve-se justificar que sua mãe atua nas proximidades da Rua Augusta, exercendo atividades sexuais em troca de bens monetários, ou não, com valores predefinidos. Ou seja, um dá uma conotação emocional pejorativa e agressiva, o outro denota uma informação que valida a condição de puta da mãe do indivíduo.

Não estou me obrigando a ser prolixo aqui mas, durante o texto, apenas estarei exercendo UM POUCO dessa capacidade racional de alinhar um raciocínio com a finalidade de chegar a uma conclusão que possa ser difícil de refutar (mais uma vez, não estou impondo nada aqui, apenas me permitindo ao jogo do qual o tema dá margens). Sei também que peco, aqui, EM VÁRIAS das premissas básicas da boa argumentação, como a de não escrever em primeira pessoa, pois a pessoalidade enfraquece os argumentos. Mas não estou afim de tornar este post mais chato ainda, então...

Esta ideia de escrever sobre o assunto surgiu há poucas horas, quando assisti a um debate sobre Marketing e Ética na Política Brasileira realizada na ESPM. Na verdade, esta ideia surgiu há pelo menos uns 5 anos, quando comecei a perceber a quantidade de quebra-paus que saem por colocações infelizes e outras interpretações mais infelizes ainda que ocorrem no dia-a-dia das pessoas.

Retomando ao debate, nele estavam presentes dois "dinossauros" com formações diferentes, mas que podem ser chamados de "marketeiros políticos". Caras realmente competentes, capazes e inteligentes, e isto foi comprovado com a apresentação de seus currículos e um pouco de suas experiências, realmente de RESPEITO.

Respeito? Política? Ética? Para muitos são palavras antagônicas. Mas aí é que eu encontro o primeiro argumento sobre a arte da argumentação. Para muitos desses, a política é um meio de gente podre apenas e, por isso, cai em demérito completo a ponto de declararem sem remorso que "não gosto de política e não voto porque só tem corrupto". Ok, aí ao se perguntar com base em que que essa pessoa declara isso, ela provavelmente vai falar dos assuntos em pauta na sociedade naquele momento. Não interessa para ela pesar as verdades e as mentiras, levantar o histórico do político para ter maior embasamento ao criticá-lo, levantar mais ainda as conexões entre esses políticos e o jogo que há por trás disso. Não. Só interessa assumir uma postura para não ficar em cima do muro. "Para onde eu vou?", "Acho que para aquele lado que parece mais bonitinho". Um exemplo disso foi quando, em 2004, uma pessoa próxima a mim foi candidata política e eu ajudei em sua campanha. Essa pessoa tinha boas propostas e uma delas era fazer uma campanha com poucos recursos e de forma limpa - entenda-se "limpa" como uma campanha ética e limpa de sujeira tangível mesmo, sem santinhos e diversos outros materiais que poluíam muito São Paulo em época de eleição. Mas o que eu mais ouvia ao fazer o boca-a-boca era: "Eu não vou votar nela. Ela nem tem banner, santinho e cartazes espalhados por aí!". Sim, eu tive que ouvir isso. A partir daí minha indignação em relação a ignorância política e a ignorância argumentativa só aumentou.

Eu diria que estas pessoas que disseram isso se encaixam perfeitamente no conceito do Homem Médio do Quetelet, citado pela #HeraVenenosa em post anterior. Entretanto, não pretendo levantar esta discussão novamente neste post, pois isso já gerou diversos argumentos aos quais estou condenando aqui e também porque este post já está se tornando suficientemente polêmico.

Mais uma vez, retomando ao debate, estes referidos "dinossauros" que estavam presentes, estavam sendo mediados por um senhor de alto cargo da Escola e um professor muito competente e querido pelos alunos, especializado em Marketing Estratégico. Enfim, para resumir a história, o professor lançou a questão de que marketing é um só, afinal, segundo ele, não existe marketing alimentício, marketing televisivo, etc., o que existe é a aplicação diferente das ferramentas de marketing, como a propaganda, em cada área. Concordo também. Mas isto foi motivo para começar uma série de "ataques-diplomáticos" (aqueles em que se chama o cara de filho da puta daquela outra forma que ilustrei anteriormente), por parte destes dois presunçosos senhores, contra este professor. A situação se agravou com a colocação do professor ao se referir que o político, nada mais é do que um produto que anda e fala. E não é? Um dos argumentos de um dos dinossauros foi: "já fiz mais de 100 campanhas e tenho experiência no assunto. Acredito que o professor, numa campanha contra mim, provavelmente perderia se tratasse seu candidato como produto". Ora, sem entrar em conceitos teóricos para validar um ou outro, acredito eu que "eu tenho X tempo de experiência" é um argumento válido, mas precisa de outros suportes para sustentá-lo. É bem mais cômodo e exige bem menos esforço fazer uma colocação dessas do que buscar justificativas para refutar ao outro em debate. Neste momento, o ego se sobressai à razão. Que pena. Teria sido um debate muito mais valoroso e digno de atenção se isso não acontecesse.

O professor em questão é querido pelos alunos por sua didática, bom humor, sacadas rápidas, sem a soberba. Ele domina o assunto e sabe do que está falando. O outro domina o assunto e também sabe do que está falando, mas acabou por enfraquecer tudo com uma atitude medíocre e sua aparente necessidade de auto-afirmação. A situação, na verdade, ficou mais ridícula quando este senhor de alto escalão da Escola enalteceu o infeliz "dinossauro" dizendo que "a experiência vale mais do que vários cases" e causou uma impressão de desmerecimento do professor de sua Escola! Tudo bem, não podia se esperar mais desse terceiro dinossauro que parece que precisa falar com pompas e rasgar muita seda para mostrar que sabe e que é um bom anfitrião. Essas posturas funcionam no senado federal, assembléias legislativas e outros lugares, não em uma palestra para universitários de comunicação.

Poderia escrever mais algumas páginas mas sinto que já coloquei o principal da minha intenção de extravasar.

Com isto só concluo e indago uma coisa: é tão difícil assim parar para ouvir, pensar, montar uma estrutura lógica mental de argumentos e falar? Eu também levanto uma outra questão: já perceberam como essa falta de raciocínio também leva a intolerância? Normalmente as pessoas que não sabem fazer isso condenam ou chamam de chatas as pessoas que sabem e vice-versa. As pessoas, no geral, têm o péssimo costume de ser combativas às novas propostas que a façam pensar ou desviar e abranger novas estruturas de raciocínio. Elas estão treinadas a rebater de cara o que não gostam de ouvir, sem levar em conta o que o interlocutor tem a oferecer. Elas apenas julgam. E isto vale para o Homem Médio, Alto, Pequeno, enfim, a grande maioria da sociedade.

Por que isso?

#PiadistaDaJuréia

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Modernidade Líquida

A modernidade costuma ser entendida como um ideário ou visão de mundo que está relacionada ao projeto de mundo moderno, empreendido em diversos momentos ao longo da Idade Moderna e consolidado com a Revolução Industrial. Está normalmente relacionada com o desenvolvimento do Capitalismo.

E é sob está modernidade que o mundo vem se arrastando desde então. Nós, seres formadores de opinião, letrados, com certo nível intelectual adquirido à custa de duras mensalidades escolares, acabamos por ser vítima de tal fenômeno. Calma, vou me explicar! O fato é que estudamos, fazemos amizades, conquistamos território sempre com um paradigma de que temos de ser o maior e o melhor. Aí na eminência de perdemos o “título” de filho (normalmente ao final do curso superior) somos laçados feito carne em um mercado de leões famintos e, como somos reles mortais, buscamos sempre a satisfação pessoal à felicidade ser o maior e melhor. Mas, afinal, o que é ser feliz no mundo moderno? Hoje, lançado à frente deste mercado, já não sei mais, pois, veja bem, tenho um cargo de responsabilidade estou executando uma atividade que estudei por 5 anos precedidos por cerca de 14 anos de estudos preparatórios e, apesar de letrado com um nível de cultura um pouco acima da massa, estou constantemente em choque, em choque com meu superior dito chefe, em choque com o relógio, o dito tempo, em choque com a informação que tem tanta velocidade hoje e que não atinge somente a massa mas também as pessoas letradas, estudiosas, ricas. Sem falar da manipulação do custo que é ser bem sucedido neste país: quanto mais se tem, mais se tem que pagar, responder, comprovar...
Às vezes eu queria ser o homem do ovo; o homem do ovo é um homem médio que vive numa cidade muito muito menor que a minha, no interior do Paraná provavelmente; ele tem uma namorada e vive na casa de seus pais. Todo dia ele sai de casa cedo, vai para a firma e para em frente a uma esteira e desenvolve a seguinte tarefa... Ovo inteiro, ovo inteiro, ovo quebrado, ovo inteiro, ovo quebrado, ovo inteiro, ovo quebrado... Depois de 8hs realizando atividade de tamanha complexidade * que alguém sempre terá que fazer, ele vai pra casa, descansa, sai para namorar, aos fins de semana participa de festas em família, vai aos eventos da pequena cidade, se diverte numa “pelada” com os amigos. E por trás disso tudo existe um “ser” que estudou 14 anos, depois mais 5, depois passou por uma triagem semelhante a do ovo e chegou aqui na cadeira que administra toda essa cadeia, que tem que fluir como a água de uma bica para fazer o mundo moderno funcionar, fazer alguém enriquecer, gritar, exigir, cobrar, não reconhecer. Em suma, não sei exatamente onde mora a felicidade nem o que é ser bem sucedido, o que sei é que, depois de todos esses anos, vivo atormentado por um homem que faz a triagem do ovo inteiro, ovo quebrado, ovo inteiro, ovo quebrado, quebrado, inteiro...

Bravo do Novo Mundo

sábado, 1 de maio de 2010

Eu tenho medo do Homem Médio!

Adolphe Quetelet criou o conceito de homem médio, tal conceito foi muito polemizado e trouxe consequencias benéficas ao mundo do Direito, permitindo que o legislador criasse uma base punitiva à partir deste conceito.

"Quételet reparou que as populações humanas se distribuem com estranha regularidade. Notou por exemplo que, para cada desvio percentual, há uma fracção bastante regular de pessoas que se desviam à média. E que isso acontece tanto no peso como na altura, como nas doenças, como nos anos de vida e noutras características humanas. E reparou que as características das pessoas seguiam habitualmente uma distribuição que hoje se chama normal ou de Gauss."

Bonito isso, né? Filosófico. Um padronizador.... É! O comportamento padrão do homem, nao qq homem, o homem médio!

Sabem o que eu penso do homem médio??

O homem médio não entende nossas piadas, nao entende o que o professor fala na aula, nao lê esse blog e se lê nao acha graça. Pior, se ofende!

O homem médio vai ao cinema no domingo, leva a namorada ao shopping no final de semana, toma cerveja em lugares lotados no final de semana, ouve coisas tipo Lady Gaga, Pagode, Sertanejo Universitário (não sei a qual universitário se referiam qndo disseram isso!), ouve "black", Beyon, gosta de ir com a "galera" tomar cerveja no posto.

Assiste pânico na TV, Zorra Total, programas de auditória e acha que a Hebe Camargo é sua heroína...

O homem médio joga lixo na rua e reclama da enchente, finge que dormiu no metrô pra não dar lugar.

Dança funk, nao entende que novela nao é inspirada em vida real, compra bijoux imitando as das artistas, imitação de bolsa chinfrin e de sapatilhas da Melissa.

Vota no Lula, reelege, gosta da Marta pq ela dá unifore paras as crianças e tá com os dois pés no voto para a Boneca de Cera.

O homem médio hoje faz faculdade, tem "título", transa com o estagiário, com o almoxerife, é alvo do marketing, da publicidade, nunca vai além da expectativa.

O homem médio se casa, compra apto., um pálio, um gol, acha que A3 é carro de rico, junta dinheiro, compra um, tem filhos, mtos filhos, coloca em qq escola, o que importa é que eles vão à escola!

Aliás, o homem médio diz .... ajuntar!

E a gente passa vinte e tantos anos da vida se achando esquisito, demora a entender que isso existe, que o homem médio é um monstro social, que ele avacalha com tudo de bom que alguém controe.

Se Deus faz praia, o homem médio faz farofa. Se o engenheiro faz shopping facilitador das compras, o homem médio faz encontros e distribui Pretzels. Se o Direito faz a Lei, o homem médio faz o cheque pré-datado. Se a publicidade tem insights, o homem médio faz o Dollynho!!! 

Se o mundo entra em conjunto na Globalização, na rede mundial de troca de informações, tem acesso a TV à cabo, à TV justiça, à TV senado, a sites de pesquisa, aos blogs, à informação sem limites ... o homem médio acompanha o Big Brother.

E que saber mais?

Nós somos os nerds, os esquisitos, os arrogantes, metidos a sabe-tudo....

Parabéns pela conclusão homem médio!!! Não vê que estamos babando????

Isso é um desabafo de quem está perto dos trinta e percebe que o homem médio fodeu sua vida...rs...

Eu tenho medo do homem médio!

Obrigada Quetelet!!!



#HERA VENENOSA#